domingo, 5 de maio de 2019

o meu aniversário


Ontem fiz anos e sou aquele tipo de pessoa que diz que é um dia como outro qualquer mas que se o passar sem as pessoas mais importantes chora que nem uma desalmada e foi o que aconteceu. Foi o meu primeiro aniversário depois do pequeno A. nascer e não pude passar o dia inteirinho agarrada a ele, a aproveitar como tanto queria. Foi o primeiro aniversário que passei sem a minha irmã, a minha melhor amiga teve um baptizado e o querido está fora. Acordei de rastos, chorei que nem uma perdida, despachei-me e estava pronta para enfrentar o mundo mais um dia.


Ofereceram aos recepcionistas do hotel onde trabalho um passeio de barco, mais especificamente num Catamarã, para abrir a época e onde passeámos durante duas horas pelas ilhas para podermos apreciar a viagem. Ora, no meu dia de anos e sem nenhum plano extraordinário marcado, peguei em mim e lá fui eu.





Além da paisagem maravilhosa, o passeio tinha direito a música chill out para apreciarmos a vista e serviço de bar. É um passeio que dura, aproximadamente, duas horas e que nos transmite uma tranquilidade incrível. O que sempre deu para eu espairecer um bocadinho de toda a confusão que está a minha cabeça e a minha vida, inclusive. 

Depois do almoço, o momento pela qual esperei a semana toda num misto de dor e ansiedade: a visita ao meu pequeno A.. Cada vez que o vou ver, o medo de ele já não se lembrar de mim é mais que muito, mas aquele miúdo consegue sempre pôr-me a lágrima no olho cada vez que me aproximo dele e ele demonstra a enorme felicidade ao ver a mamã. Pego nele, de pé no meu colo e o reguila só quer é dar pinotes. Ri-se consecutivamente cada vez que dá um pulinho no meu colo e, como é óbvio, derreto-me por completo.


Dão-me forças na instituição, para me manter forte que esta situação não vai durar para sempre e que, quando menos esperar tenho-o novamente comigo a toda a hora e para sempre. Até que chega ao fim da visita e sou obrigada a "devolvê-lo", caindo na realidade novamente, de que só o posso ver, outra vez, daqui a uma semana.

Vou para casa, caio redonda na cama e deixo-me dormir com a exaustão psicológica de não o ter comigo. Acordei, despachei-me novamente e fui jantar porque tinha prometido à minha mãe que íamos jantar para eu não ficar a bater com a cabeça nas paredes e não me ir abaixo.


A minha mãe lembrou-se de irmos a um restaurante de sushi e sabe que não sou menina de recusar um bom restaurante quando preciso de me pôr para cima, nem que seja por apenas uma ou duas horas.

Acabámos de jantar e pedi para ir pra casa, afinal, a minha realidade esperava por mim e hoje era mais um dia para batalhar em prol do meu futuro, do futuro do meu pequeno A. e do nosso futuro.

2 comentários:

  1. Mesmo estando a semana toda longe de ti, ele não se esquece. O laço é forte demais. Parabéns atrasados e um abracinho de força!

    ResponderEliminar
  2. Parabéns atrasados e força!

    Tudo se vai recompor... e o laço entre mãe e filho e muito mais forte do que aquilo que pensamos!!

    Beijinhos

    ResponderEliminar